Seja bem vindo
Maceió,02/05/2024

  • A +
  • A -

Caso “Tio Paulo” o que se sabe até agora

A mulher levou o tio morto para sacar um empréstimo de R$ 17 mil

Fonte: Com informações de TNH1
Caso “Tio Paulo” o que se sabe até agora Érika de Souza Vieira Nunes com Paulo Roberto Braga / Reprodução

Um vídeo de uma mulher identificada como Érika de Souza Vieira Nunes levando o cadáver do seu tio de 68 anos, identificado por Paulo Roberto Braga para sacar um empréstimo viralizou nas redes sociais. O caso aconteceu na tarde desta terça-feira (16), na zona oeste do Rio de Janeiro, na cidade de Bangu, em uma das agências do Itaú Unibanco.

Na verdade, Paulo e Érika são primos

Conforme o delegado Fábio Luiz, titular da 34ª Delegacia de Polícia de Bangu, Paulo e Érika eram primos. “Ela se diz sobrinha porque fala que a avó da mãe dela registrou a mãe como filha, então ela seria, de fato, sobrinha. Mas os documentos indicam que ela é prima. Tudo indica que ela realmente era cuidadora dele, responsável. Nós fizemos várias pesquisas e não conseguimos encontrar nenhum parente dele que fosse próximo do local onde ele reside”, disse o titular da 34º DP.

Para o delegado, a mulher não demonstrou arrependimento. “Ela sempre falava que ele estava vivo, que sempre cuidou dele, mas ela não demonstrou em nenhum momento a tristeza de quem perde alguém querido.”

O idoso estava vivo quando saiu de casa

Um mototaxista afirmou em depoimento à polícia que Paulo estava vivo quando entrou em um carro de aplicativo na terça, O homem afirmou que Érika pediu ajuda ao homem para colocar o idoso no veículo, por volta das 12h20. O mototaxista constatou que ele tinha respiração e força nas mãos, pegou Paulo nos braços e colocou com a ajuda da mulher o idoso no banco do carona do carro.

Saber se Paulo estava vivo ou morto não muda o crime

O delegado disse em entrevista ao Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil que saber se o idoso estava vivo ou morto não muda o crime, apenas trará mais informações para a investigação. "Isso interfere pouco na investigação. O próprio vídeo deixa claro para quem está vendo, por imagem, que aquela pessoa está morta. Imagine ela que não apenas está vendo, e está vendo e tocando. Só de ela ter dado continuidade, mesmo com ele morto, isso já configura os crimes pelos quais ela vai responder", explicou Fábio.

Braga morreu deitado

Apesar de a autópsia ainda não ter dado resultado conclusivo, peritos informaram ao delegado que Braga morreu deitado, devido à presença de livor cadavérico na região da nuca. Livor cadavérico é o acúmulo de sangue em certas regiões do corpo que acontece depois que o coração para de bater. O livor apareceria em outras partes do corpo, como pernas e braços, se Paulo estivesse sentado no momento do óbito, como sustenta a defesa de Erika.

“Os fatos não aconteceram como foram narrados. O senhor Paulo chegou à unidade bancária vivo. Existem testemunhas que no momento oportuno também serão ouvidas. Ele começou a passar mal, e depois teve todos esses trâmites. Tudo isso vai ser esclarecido e acreditamos na inocência da senhora Erika”, disse a advogada Ana Carla de Souza Correa.

Segundo o titular da 34ª DP de Bangu, o idoso estava morto há pelo menos duas horas antes da chegada de equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

A audiência de custódia

Érika de Souza Vieira Nunes foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. A audiência de custódia foi marcada para as 13h dessa quinta-feira (18). O rito judicial decidirá se a mulher continuará presa ou será solta.

Entenda o caso

Um vídeo de uma mulher identificada como Érika de Souza Vieira Nunes levando o cadáver do seu tio 68 anos, identificado por Paulo Roberto Braga para sacar um empréstimo viralizou nas redes sociais. O caso aconteceu na tarde desta terça-feira (16), na zona oeste do Rio de Janeiro, na cidade de Bangu, em uma das agências do Itaú Unibanco.

Nas imagens, é possível ver que a mulher tenta fazer com que o homem morto assine o documento. "Tio, tá ouvindo? Se o senhor não assinar, não tem como", disse Érika.

Conforme explicou o delegado, o idoso estava morto, e suas mãos e cabeça pendiam sempre que a sobrinha soltava. "Ele não está bem, não, a corzinha…", afirmou uma das funcionárias da agência bancária. Érika responde "ele é assim mesmo”, e apoia, durante o registro, as mãos e cabeça da vítima, que não reage.

Após desconfiarem da situação os funcionários do banco ligaram para a Polícia.

Em nota, o Itaú Unibanco afirmou que, além da Polícia, também chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou que o idoso estava morto há algumas horas.




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login