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Maceió,05/05/2024

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Professora é ameaçada após corrigir aluna que disse que Moraes acabou com as leis

Devido ao abalo psicológico sofrido, a professora entregou um atestado de 30 dias

Fonte: Com informações de OPovo
Professora é ameaçada após corrigir aluna que disse que Moraes acabou com as leis Sala de aula / Imagem ilustrativa / Reprodução

A professora de uma escola pública no Distrito Federal foi ameaçada pela mãe de uma aluna, após a docente corrigir a discente sobre a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O caso aconteceu na última quarta-feira (17), no Centro de Ensino Médio (CEM) 1 do Gama.

A aluna do segundo ano do ensino médio, escreveu que Moraes havia acabado com as leis no Brasil. A professora, embasada na Constituição, explicou que não é o poder judiciário quem elabora as leis. A estudante ligou para a mãe e contou o que havia acontecido, a responsável mandou um áudio para a supervisora do colégio pedindo que a conduta da docente fosse condenada.

Segundo o que disse o diretor da escola, a mãe falou que não aceitaria a doutrinação da filha, e que "esfregaria o celular na cara da professora para mostrar que as leis foram mudadas”, caso a instituição não “desse um jeito” na situação.  A mulher disse ser amiga dos deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) e do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG).

Não contente com a situação, a mãe ainda foi a escola, onde repetiu agressões verbais e disse que iria “atrás dos direitos”. Devido ao abalo psicológico sofrido, a professora entregou um atestado médico de 30 dias.

A Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), emitiu uma nota, e considerou a situação um "ataque direto à liberdade de cátedra".

Segue um trecho da nota:

Expressamos nossa solidariedade e reafirmamos nosso compromisso com uma educação escolar que cumpra a função de ofertar a todos os estudantes o acesso ao conhecimento historicamente acumulado pela sociedade e validado por meio da ciência. Somente assim será possível construirmos uma sociedade igualitária, fraterna e livre de opressões e discriminações.

O diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), Raimundo Kamir, se reuniu com o corpo docente da escola e também considerou o ato um ataque a liberdade de cátedra. “Escola é lugar de conhecimento, de diálogo, de tolerância e de respeito à diversidade”, disse o diretor.

A Secretaria de Educação do Distrito Federal (Seedf) afirmou por nota que contatou a Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Gama para reportar o caso. E que a aluna foi transferida de escola a pedido da família. “Tanto a Coordenação de Ensino do Gama quanto a diretoria da escola relataram que, após o incidente, a professora registrou um boletim de ocorrência, e a CRE prontamente atendeu ao pedido de transferência da aluna feito pela família”.   




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