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Maceió,10/05/2024

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Compreenda as diferenças entre os sintomas da Covid-19 e da Dengue

O infectologista Moacyr Silva Junior explica as divergências dos sintomas.

Fonte: Com informações de Agência Brasil
Compreenda as diferenças entre os sintomas da Covid-19 e da Dengue Covid-19 e Dengue / Reprodução

Diante dos inúmeros casos de dengue e aumento no número de casos da Covid-19 no Brasil, há um questionamento sobre quais são as diferenças entre as duas doenças e como identificá-las. Para isso, é importante entender os sintomas de cada uma das enfermidades.

Moacyr Silva Junior, infectologista do Serviço de Controle de Infecção do Hospital Albert Einstein, explicou em uma entrevista à Agência Brasil que, apesar das duas doenças serem causadas por vírus, a transmissão delas é totalmente diferente.

“A transmissão da covid-19 acontece de pessoa para pessoa. É uma transmissão respiratória por tosse, expectoração, gotículas, contato de mão. Muitas vezes, a pessoa assoa o nariz, não higieniza as mãos e passa para outra pessoa. A dengue não, está relacionada ao mosquito mesmo. O mosquito pica uma pessoa infectada e, posteriormente, vai picar outra pessoa sã e transmitir o vírus de uma pessoa para outra, mas você tem o vetor.”, disse o doutor.

Além disso, o infectologista afirma que o covid-19 é mais relacionado ao sistema respiratório, como um resfriado. Já a dengue não tem o quadro respiratório, mas sim dores atrás dos olhos, no corpo e mal-estar.

Dengue

Conforme o Ministério da Saúde, a dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos pacientes se recupera, no entanto ela também pode evoluir para casos mais graves. A maioria dos óbitos causados por essa doença são classificados pela pasta como evitável, por isso, a qualidade na assistência prestada ao doente é de grande importância.

 “Os sinais clássicos da dengue são febre, geralmente junto com dor no corpo, dor atrás dos olhos, mal-estar e prostração. É uma febre que chega a 38° ou 39°. Tudo bem associado”, explicou o médico.

Em casos da dengue é preciso prestar atenção na febre, pois a diminuição da febre pode significar uma piora da doença. “É interessante porque, geralmente, quando a febre desaparece, a gente acha que está melhorando. Mas, no caso da dengue, pode se um sinal de que a coisa pode piorar.”, disse o doutor.

“Nessa piora, os sinais de alerta são vômitos recorrentes, a pessoa não consegue se alimentar, fica bem desidratada, dor de barriga, surgem manchas pelo corpo. São sinais de gravidade. Então, no terceiro dia, caso a febre suma e a pessoa se sinta pior, vale procurar o posto de saúde para ser avaliada e verificar a gravidade.”

Covid-19

A covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e é classificada pelo Ministério da Saúde como potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global.

Em casos da covid-19 os sintomas mais frequentes são tosse, dor de garganta ou coriza, presença ou não de febre, calafrios, dores musculares, fadiga e dor de cabeça. Podendo apresentar manifestações clínicas leves, quadros moderados, graves e até críticos.

“Felizmente, com a vacinação, a gente não está tendo mais casos graves de covid-19, com internação. A pessoa pode ficar em casa e tratar coma analgésicos e antitérmicos. Os sinais de gravidade são falta de ar que persiste, cansaço importante, frequência respiratória mais aumentada e uma febre que pode persistir, diferentemente da dengue. Nesses casos, o paciente deve procurar assistência médica.”, disse Moacyr.

Em casos graves, classificados como Síndrome Respiratória Aguda Grave, há desconforto respiratório, pressão persistente no tórax ou saturação de oxigênio menor que 95% em ar ambiente, além de coloração azulada de lábios ou rosto. Nos casos críticos, há necessidade de suporte respiratório e internações em unidades de terapia intensiva (UTI).

Automedicação

É importante ter cautela ao se automedicar, principalmente nos casos da dengue, é o que explica o doutor. “Em relação à covid, particularmente, a dipirona e a lavagem nasal com soro fisiológico já ajudam e diminuem os sintomas até passar a fase. Já em relação à dengue, além do analgésico, que seria a dipirona, precisamos de uma hidratação bastante importante, algo em torno de três litros por dia de hidratação oral. Pode ser suco, água de coco e água. Associados à dipirona, para diminuir os sintomas de dor muscular. O que é contraindicado é o ácido acetilsalicílico, o AAS, que pode piorar os sinais de hemorragia caso o paciente evolua para dengue hemorrágica”, conclui.




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